Não é de hoje que termos econômicos estão nos noticiários. Neste ano, por exemplo, temos visto uma série de aumentos consecutivos na taxa Selic. Mas a dúvida de muita gente é: como a taxa Selic afeta a minha vida?
Apesar de termos consciência de que todas as medidas que o Banco Central adota irão afetar nosso cotidiano de forma direta ou indireta, é comum termos muitas dúvidas sobre este tipo de assunto.
E quando consideramos que a taxa Selic é uma das mais importantes, entender do que se trata esse termo é fundamental.
O que é a taxa Selic e como funciona?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. É o principal mecanismo que o Banco Central utiliza para realizar suas políticas monetárias. Assim, consegue alcançar a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional – CMN.
A inflação, por sua vez, significa o aumento nos preços de bens e serviços. Ou seja, quando a inflação está muito alta, o poder de compra da moeda é menor. É como se nosso dinheiro valesse menos.
Para frear a inflação, o CMN utiliza a Selic como instrumento, já que essa taxa influencia todas as taxas de juros do país, como:
- os juros de empréstimos,
- financiamentos,
- aplicações financeiras, etc.
De forma resumida, a Selic existe para que haja estabilidade na economia. Com ela, pretende-se evitar o descontrole de preços e a desvalorização da moeda. Algo que já foi vivenciado em nosso país em décadas passadas.
O nome desta taxa é uma sigla originária das palavras Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
Este sistema é uma infraestrutura administrada pelo Branco Central para realizar a transação de títulos públicos federais.
O financiamento diário destes títulos gera uma taxa ajustada apurada no sistema e é esta taxa percentual que corresponde à Selic.
Mas que títulos são esses?
Então, você já sabe a função da taxa Selic. Mas o que os títulos públicos têm a ver com isso? O que são esses títulos?
Títulos públicos são papéis de dívida emitidos pelo Governo Federal. Quando uma pessoa compra ou investe nestes títulos, é como se estivesse emprestando dinheiro ao governo, que pagará com acréscimo de juros.
Este empréstimo possui um prazo curto de apenas um dia, e os títulos públicos federais são as garantias dadas.
Assim, quando o Copom (Comitê de Políticas Monetárias do Banco Central) decide que a Selic deve aumentar, o BC oferece mais títulos públicos às instituições financeiras.
Os títulos também possuem preço mais baixos, para oferecer uma remuneração maior.
Quando a Selic precisar baixar, o BC tende a comprar novamente estes títulos públicos que são negociados a um preço mais alto.
Dessa forma, “empurra” para baixo a remuneração para torná-los menos atrativos para as instituições financeiras.
A taxa Selic em 2021
Em 2021, a taxa Selic cresceu em diferentes momentos.
O primeiro aumento ocorreu em março. Porém, no mês de setembro, o Copom anunciou mais um acréscimo: a taxa chegou a 6,25% ao ano, o pico desde julho de 2019.
Alguns fatores que impactaram para a alta em 2021 foram:
- expansão da inflação,
- as revisões positivas para o PIB,
- a prorrogação do auxílio emergencial
- as expectativas para um novo programa social que será lançado pelo Governo Federal.
Qual a relação desta taxa no meu cotidiano?
Ainda assim, entender como a taxa Selic afeta a minha vida pode ser algo bem difícil. Por isso, que tal entender como o aumento ou a redução funcionam, na prática?
Aumento da Selic
Quando o Copom anuncia o aumento em percentual da taxa Selic, o juro cobrado pelos bancos nos financiamentos, empréstimos e cartão de crédito também aumenta.
Como o consumidor precisa pagar mais, ele pensa duas vezes antes de comprar algo.
Isso faz com que o consumo sofra um desestímulo, favorecendo a queda da inflação. Afinal, sem demanda os preços precisam baixar para justificar a compra.
Redução da Selic
Por outro lado, quando há uma diminuição na taxa Selic, o fenômeno ocorre ao inverso: os juros aplicados pelos bancos nas operações ficam menores.
Conseguir dinheiro emprestado fica mais barato, assim, o consumo é estimulado.
As compras aumentam e pode acontecer uma escassez de oferta, fazendo com que os preços dos insumos tenham uma elevação na inflação.
Como aproveitar o aumento da taxa Selic?
Como você viu, quando a taxa Selic está em alta, o dinheiro é “tirado” de circulação. Na prática, significa que os preços dos itens tendem a diminuir, o que é algo vantajoso para o consumidor.
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Com a taxa da Selic mais alta, as instituições financeiras têm maiores investidores em diferentes opções. Isso também ajuda a manter a rentabilidade de todos mais atrativa.
Mas saiba que também é possível aproveitar a queda da Selic – assunto para outro artigo do MeuCompromisso!
A dica que fica é, ao descobrir como a taxa Selic afeta a minha vida, fazer o possível para ter vantagens com ela.
Assim, é possível ganhar dinheiro ao estar atento às oportunidades.