O medo é um sentimento que todos os seres humanos têm em comum, cada um à sua maneira. Basicamente, representa a angústia diante de alguma situação que se apresenta, elevando nossos níveis de estresse para que decisões sejam tomadas com mais rapidez. Mas quando esse medo se apresenta de formas diferentes? Por exemplo, há quem tenha medo de água ou de insetos, ou ainda de ficar pobre. Você tem medo de ficar sem dinheiro?
Medo de ficar sem dinheiro
Em estudo realizado no ano passado pelo Instituto Datafolha, 2.732 brasileiros com mais de 16 anos foram ouvidos sobre saúde, finanças e qualidade de vida. Destes, 78% temem ter dependência financeira no futuro, seja do cônjuge, filhos ou netos. O número é maior do que as pessoas que temem a morte, que somam o total de 74%. Isso significa que os brasileiros têm mais medo de uma velhice sem dinheiro do que da perspectiva da morte em si.
Porém, existem alguns motivos que justificam esse temor. Muitas pessoas que hoje estão se aposentando não tem segurança de que seu dinheiro vai durar para sempre ou que este recurso, dado até então pelo Governo, será mantido nos próximos anos. Diferente dos anos da juventude, ao ficar sem dinheiro na velhice, as condições físicas para o trabalho também diminuem consideravelmente, impossibilitando a re-entrada ao mercado de trabalho. Assim, fica fácil entender porque as pessoas mais velhas têm mais medo de não ter recursos para uma aposentadoria tranquila.
E quanto aos mais jovens? Especialistas apontam que a morte é uma certeza para todos nós, o que diminui o fator medo. Já a velhice é imprevisível e o medo aqui envolve a tomada de decisões ruins que podem impactar todo o futuro da pessoa. Assim, mesmo quem ainda não tem idade para a aposentaria, começa a ter preocupações sobre suas condições financeiras nos próximos anos.
Tenho medo de ficar sem dinheiro
Você também tem um certo medo de ficar dependente financeiramente de alguém? Curiosamente, pessoas que já estão em um padrão de vida mais alto e aquelas com educação superior são mais medrosas em relação à vida financeira no futuro. Nesse sentido, a grande motivação tem a ver com perder o que se tem hoje.
Se você tem medo de ficar sem dinheiro na sua velhice, saiba que existe solução. Mas isso vai te exigir disciplina e parar para pensar no futuro, na forma como você espera se ver daqui há vários anos. Afinal, esperar por uma providência ou por tudo dar certo em um período de tempo não traz segurança nenhuma, certo? Também não é justo com seus filhos ou cônjuge colocar a responsabilidade de cuidar das suas finanças quando a velhice chegar.
Dito isso, você já pensou que você pode eliminar o medo de ficar sem dinheiro no futuro agora? Pois é, a ideia desse artigo é fazer com que você saia do papel passivo, de esperar por algo que pode ou não se realizar, para assumir um papel ativo, que cuida dos seus anseios da velhice desde já. Veja 5 dicas que vão te ajudar a planejar uma velhice saudável e sem riscos de depender de outras pessoas!
Estabeleça suas metas
Você já sabe o quanto é importante fazer planos de curto, médio e longo prazo. Se você quer ter uma velhice confortável, por que não colocar esse item no seu planejamento? Você não precisa depender da previdência privada se não quiser, mas pode utilizar o sistema de cálculo dos bancos que oferecem o serviço para saber quanto você precisa guardar mensalmente para o seu futuro, de acordo com o valor das provisões que deseja receber. Assim, se ainda houver aposentaria pelo Governo ou não, você estará bem resguardado. Lembrando que não adianta calcular o valor e não ter disciplina para guardar: é compromisso mensal!
Como está sua vida financeira?
Se você tem dívidas, é melhor nem começar a pensar em investimentos diferentes. Ter um nome “limpo” pode te ajudar adquirir outros bens, incluindo imóveis, que poderão ser uma fonte de renda para sua velhice. Avalie como está sua vida financeira hoje e o que você pode fazer para colocá-la na posição que sonha. Tem dívidas? Se livre delas para começar a investir esse valor no planejamento da aposentadoria!
O dinheiro também trabalha
Muito tem se falado nos últimos anos sobre “colocar o dinheiro para trabalhar”. Na prática, significa colocar seu dinheiro em um investimento que, sozinho e sem sua interferência, seja capaz de render. Porém, é importante entender que esse valor não deve ser considerado em nenhuma situação de emergência. Faça uma ou mais aplicações e considere esse dinheiro “esquecido”, até sua velhice chegar e você conseguir usufruir dos juros compostos.
Diferentes formas de renda
Estamos habituados a ter somente uma fonte de renda, o nosso salário mensal, por exemplo. Assim como, na velhice, pensamos somente na renda da aposentadoria. O ideal é que você amplie suas fontes de renda desde já. Por exemplo, você pode desenvolver algum trabalho paralelo, explorar uma habilidade com fins lucrativos ou aproveitar imóveis para rendimento com aluguel. Pesquisas apontam que as pessoas milionárias não dependem somente de uma fonte de renda, mas fazem uma mistura com diferentes recebimentos.
Aprender nunca é demais
Você já parou para avaliar quanto tempo dedica à conteúdos que nada acrescentam em matéria de aprendizado? Por exemplo, usar redes sociais em excesso certamente te impedirá de se dedicar a outros assuntos, como finanças ou até um novo idioma que poderá te ajudar a crescer na empresa. Assim, dedique pelo menos 15 minutos do seu dia para aprender algo. A mente precisa se alimentar de conteúdo e ter uma mente ativa também pode impactar em finanças saudáveis a longo prazo.
Ainda está com medo de ficar sem dinheiro?
Tudo bem, é natural temer o que não conhecemos, especialmente o futuro. Mas acredite, seguindo essas 5 dicas (e várias outras que você encontra aqui no Meu Compromisso), você terá mais segurança e poderá perceber, conforme acumula recursos, que sua velhice pode ser bem mais confortável e independente do que você imagina.